Revolução Digital - 1

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Um dia desses percebi como eu e muitas das pessoas com quem convivo somos dependentes do computador, principalmente da internet. Grande parte da minha comunicação, tanto no trabalho quanto com amigos e parentes, é por meio dela. A vida moderna me deixa interligada, mas ao mesmo tempo dependente.

Lembrei então de algo que aconteceu em São Paulo, que com certeza caracteriza bem essa realidade moderna: o Campus Party Brasil, realizado em fevereiro deste ano na cidade de São Paulo. Para quem não conhece, ele reúne interessados em tecnologia que se dispõem em levar seus PCs e passar uma semana "internados", participando de palestras, oficinas e discussões. Ele acontece desde 1997 na Espanha e pela primeira vez um outro pais o recebe. No Brasil, foram cerca de 3 mil inscritos.

O evento pode ser considerado como um tipo de representação da revolução que vivemos hoje em dia, ou seja, várias pessoas no mesmo lugar, conectadas, discutindo e se relacionando pela internet. Nós, "internautas", somos parte de uma espécie de sociedade alternativa, onde, além de nos relacionarmos com outras pessoas, também realizamos ações que interferem diretamente em nosso conhecimento e na "vida real": fazemos leituras, escrevemos, comentamos, compramos, assistimos vídeos...tudo isso ao mesmo tempo e sem sair do lugar. Consequentemente, somos também influenciados por estas novas mídias e pelas facilidades que elas nos apresentam.

No Campus Party Brasil foram abordados muitos assuntos que estão presentes no cotidiano de quem vive "online". Astronomia, Games, Robótica, Criação, Modding, Simulação, Desenvolvimento, Música, Blogs e Software Livre. Os participantes puderam participar de discussões sobre estes assuntos, trocar conhecimentos e ficar atualizados sobre as tendências atuais e futuras desse novo mundo virtual. Assuntos como Blogs e Simulação são bons exemplos da revolução que enfrentamos.

Os Blogs, já representando a participação do internauta na construção da informação na internet, que deixa de ser apenas um agente passivo. A Simulação representando os ambientes virtuais, a vida online e paralela, exemplificada por simuladores como Second Life e jogos online em geral, que proporcionam uma abstração da realidade.

Um universo novo e surpreendente, mas também cotidiano. Bateu um medo do futuro!

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